- Mas do q…
- Certo garoto, agora estou falando sério, você tem que descer na próxima parada.
- Por que eu devo fazer isso? Quando eu consigo completar uma frase ele já não esta mais ali.
O olhar dele enquanto falava passou uma enorme certeza, ele está falando sério, e agora o que eu faço? Estou assustado demais pra conseguir fazer alguma coisa. Fiquei pensando ainda, quem é ele e por que ele me parece tão confiável? Não devia ter ficado pensando nisso, pois a parada passou e eu esqueci de solicitar a parada, mas graças a isso eu nunca mais vou esquecer algo como esse. Eu ainda estava parado pensando no que fazer, foi quando alguém disse, “- você foi avisado”.
Senti uma mão no meu ombro e neste instante eu estava voando em direção ao chão e fora do ônibus.
- Ei. Eu gritei enquanto tentava me proteger da queda.
A queda não foi tão brusca, não sei se por acaso mas cai em areia fofa, daquelas de construção, e depois sai rolando pelo acostamento, “minha mãe vai me matar se ver essa roupa suja desse jeito”. eu estava parecendo um empanado.
- Não vai ser um pivete como você que vai estragar a minha missão, está me ouvindo garoto ?
Esse já não era mais o mesmo cara que me pedia gentilmente para descer do ônibus, ele era moreno, seu cabelo tinha um corte militar, usava óculos escuros, mas eu conseguia ver as chamas por traz das lentes escuras. A medida com que as chamas queimavam, queimava meu sangue e sem razão me sentia enfurecido com aquela situação. “- Deixe meu preferido em paz Ares” disse uma voz doce, não soube dizer de onde ela veio. A fúria que crescia em mim sumiu e eu me senti bem. Onde ela Está?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
De sua opinião sobre o post acima