quarta-feira, 2 de junho de 2010

Capitulo 1 – O primeiro encontro (Part. 2/3)

Seus olhos brilhavam cada vez mais, era como olhar pro sol sem óculos escuros com o sol a 30 centímetros de você, meus olhos estavam começando a arder um calor muito forte tomava conta de mim, nunca senti nada parecido, nunca imaginei que pudesse sentir algo assim. Já experimentou olhar o fogo queimando, bem de perto? Eu também não, mas a sensação era essa, meus olhos permaneciam presos, meu corpo estava paralisado, esse calor fez meus olhos secarem em muito, muito pouco tempo, as lagrimas produzidas para lubrificar mal nasciam. O que está acontecendo?

Devem ter passado alguns poucos segundos, mas para mim pareciam horas. Eu me perguntava freneticamente: Por que não consigo me mover? Por que meus olhos ardem, e esse calor? Quem é esse homem? Por que isso está acontecendo comigo? Estou morto? Se estiver como eu morri? Eu não lembro nada, posso ter tido um ataque cardíaco, será essa a luz que todos vêem? As perguntas pareciam perdidas em um mundo sem respostas. Tentei falar.

- Quem é você? Perguntei com a garganta seca.

- Olá jovenzinho, há muito tempo espero por este dia. Disse o homem misterioso

- Quem é você? Que dia é esse? o que quer de mim? Essas perguntas saíram como uma metralhadora descarregando suas balas.

Neste momento senti que o ônibus começou a se movimentar, o barulho do motor velho e cansado de tantos e tantos quilômetros parecia ser o único barulho por aqui, não sei o que aconteceu, de repente todas aquelas conversas cessaram, não havia mais nenhum outro som, olhei em volta e as pessoas continuavam falando, ou pelo menos deveriam, suas bocas se mexiam e era só.

Acredito que já se passou 10 segundos e eu não sei explicar tudo isso, foi tudo muito rápido, não, já faz alguns minutos tenho certeza disso.

- Você faz de conta que não me conhece não é meu pequeno?

- Como assim? Eu nunca lhe vi antes.

- É realmente, apesar de você me ver todos os dias, ou pelo menos quase todos, tá a maioria dos dias, você nunca me viu assim, tão perto e nessa forma.

- Cara! Não faço idéia do que você está falando.

Penso comigo, vou para de ler livros que não falem totalmente da realidade, estou ficando louco.

- Não está ficando louco. Ele me diz com um sorriso. Escute aqui não é o local para termos essa conversa, desça na próxima parada.

- Como assim?

Bom eu fiz a pergunta para um banco vazio, só posso estar sonhando, pessoas não somem assim não é? Ou quem sabe não conheci as pessoas capazes de fazer isso, fico com a primeira, definitivamente pessoas não podem sumir assim. O próximo ponto esta chegando, não me movi, não tenho a intenção de solicitar a parada. O ônibus passa direto sem ao menos reduzir a velocidade, sinto o cheiro de couro quando fica muito tempo no sol, olho para o lado ele está ali novamente.

- Ta! Eu já sabia que você não ia descer.

- Como vo.. Não consegui terminar a frase

- Não temos muito tempo, está ficando perigoso para mim, se essa missão for comprometida meu tio ficará muito, muito furioso.

To be continue…

2 comentários:

De sua opinião sobre o post acima