domingo, 21 de novembro de 2010

Diários

 

16 de novembro de 2010, acordei atrasado, o relógio já havia acusado que estava na hora de sair da cama a algumas horas, tudo calmo em um belo dia de sol, o meu cão não acoou nem por apenas um instante, nem ao menos uma única vez, se ele o fizesse eu teria acordado.

Fiz meu café da manhã, suco de morango que colhi assim que saí da cama, suco esse que pareceu mais uma vitamina do que um suco, fiz um misto com queijo e abacaxi pra acompanhar o suco, e assim  encerrei meu desjejum.

O sol projetava sombras que se aproximavam muito de estarem sob mim, o que me deu a entender que já se aproximava o meio do dia. O vento guiava as Aves e os Insetos que dependiam das flores para seguirem seus ciclos de vida, parei próximo a uma casa qualquer e fiquei apenas observando, o vento mudou de forma e ganhou mais força, mas ninguém além de mim pareceu perceber.

As crianças caminhavam tranquilas em direção a suas casas, o que me deixou mais preocupado, junto ao vento era possível perceber uma força misteriosa que emanava a quilômetros de distância, a tempos não sentia algo assim, era tão próximo o nível da força que talvez fosse mais forte que eu.

Quando me dei conta já estava na hora de ir pra faculdade, pra quem não sabe ou não me conhece, faço Administração com ênfase na Gestão Empresarial. O dia passou despercebido, o acontecido de mais cedo ainda me deixava pensativo. Caminhando para a faculdade, como sempre faço para parecer o mais normal possível, me chamou atenção um caminhão, ele vinha fazendo barulhos que gritavam a todos: –“Estou velho”.

O caminhão ganhava velocidade e eu resolvi esperar, ao se aproximar de onde eu estava o motorista deixou a atenção de lado junto com o volante para acender um cigarro barato, junto com isso uma menina, não mais de 10 anos, sempre da tempo de atravessar não é? realmente dava mas o caderno rosa da moranguinho que ela carregava resolveu que o chão era melhor do que os braços da menina, e assim ele caiu.

A primeira ação dela foi voltar e pegar o caderno, sem ao menos olhar e verificar se ela tinha tempo para isso, não tinha. Um flash de imagem passou em minha mente, o motorista ainda acendia seu cigarro e a menina não teve tempo de sair, a cena ficou um pouco forte e por isso não descreverei.

Voltei em si, olhei e a menina ainda estava indo em direção ao caderno, e o motorista ainda acendia seu cigarro, tudo ao meu redor reduziu sua velocidade normal, quando me movimentei em direção da menina, peguei-a e o seu caderno, que quase lhe custara sua vida, e entreguei do outro lado da rua, o caminhoneiro nem percebeu, a menina apavorada não entendeu o que aconteceu, continuei caminhando para assim encerrar meu dia.

Alguns de meus colegas também puderam presenciar a força, ouve algum comentário mas nenhum que seja útil, fui pra casa. Desabei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

De sua opinião sobre o post acima