sábado, 1 de janeiro de 2011

Um sonho?

 

Depois do ultimo acontecimento, tudo parece ter estagnado, a minha vida voltou a ser simples e normal, bom seria normal se eu fosse normal. A perda de minha irmã realmente me deixou acabado, mas segui em frente com ajuda de amigos, hoje consigo olhar pra trás e encarar o passado.

Meus sonhos tem sido tão reais, que eu tenho a impressão que não são sonhos.

Acordei, estava em um acampamento, e ouvia muitos gritos, gritos de guerra, saí e me deparei com uma imensidão, um mar de cabeças e elmos, espadas e lanças começaram a bater contra escudos de bronze. Percebi em instantes que todos aclamavam por minha presença, mas eu ainda não tinha me localizado. Meu corpo pesado, como se eu carregasse comigo um grande peso, e de fato, eu envergara uma armadura de ouro.

Avancei em meio a multidão, um corredor se abriu, caminhei até junto dos Reis que ali estavam, meus soldados ansiavam pela guerra, pois até então apenas observava-mos os acontecimentos, mas hoje teremos nossa sede saciada.

As duas forças a postos, cada um dos soldados, estava pronto, ao sinal da trombeta começaria um massacre, meus soldados eram os melhores e mais temidos de toda a Grécia, diziam os crédulos que erámos o exercido de Zeus, não deixaria de ser verdade pois eu próprio sou neto de senhor dos deuses.

O som da trombeta fez todos os homens dispararem como cães famintos, comigo segui Automedonte, meu amigo e condutor de meu carro, ele já sabia qual seria nosso destino. Fomos direto para o centro, onde as espadas brandiam seus cantos da morte.

Eu eliminara, dilacerava cada um dos meros soldados que vinham ao meu encontro, não era nenhum esforço pra mim, assim como para Ajax, meu grande amigo e companheiro das batalhas, devastamos o exercito ao nosso redor, assim que ele se juntou a mim, um inumerado numero de corpos caia sem parar, eu e meus soldados dizimava-mos o inimigo.

Foi quando eu avistei o Príncipe Troiano, imponente ficara tão bom com a minha armadura, quanto eu mesmo, era corpulento o suficiente para enverga-la, fui ao seu encontro, e ele me viu, a ânsia pelo combate nos dominara, mas quanto mais perto, mais difícil de termos um duelo, havia uma massa muito grande de soldados.

Os troianos estavam sendo aniquilados, alguns príncipes, e nobres de Tróia já tinham perecido neste dia, minha velha lança se encarregara de uns tantos. A tática de faze-los se separar havia dado certo, e nosso exército os faziam fugir em direção da cidade, para de trás das muralhas.

O exército de Ajax era tão eficiente quanto o meu, não sobrou nenhum troiano vivo, quando os encurralamos na bahia do escamandro. Voltei correndo, ferozmente em direção aonde estaria a outra parte do exercito Troiano, a procura de meu inimigo, Ulisses logo me informou que não conseguiram impedir a entrada do exercito nas muralhas.

Xinguei, enfurecido por não ter podido matá-lo. Regressamos para o acampamento, a meia légua dali meu nome fora gritado, por uma voz firme, quando percebi quem era, agarrei a velha Pelion e me lancei correndo.

No encalço dessa corrida, o cenário mudou, eu estava sentado em minha cama, cansado, como se acabara de sair da mesma batalha que vivi em meu sonho. Acordei.

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